Prefeitura de Itupeva monitora áreas de risco de febre maculosa e intensifica orientações
Equipe da UVZ distribui panfletos e informativos nas Unidades Básicas de Saúde, hospital e comércios locais

O aumento dos casos suspeitos de Febre Maculosa na Região Metropolitana de Campinas e Jundiaí levou a Prefeitura de Itupeva a intensificar o trabalho de monitoramento de áreas de risco e ampliar a frequência das orientações aos munícipes.
O trabalho é realizado pela Secretaria de Saúde e já é feito durante todo o ano pela Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ). “Temos uma extensa área verde de preservação ambiental em Itupeva e isso acaba atraindo as capivaras, animal que costuma ser hospedeiro do carrapato, vetor da Febre Maculosa. O trabalho de orientação e monitoramento é realizado ao longo de todo o ano, de forma ininterrupta”, explica a Secretária de Saúde, Juliana Mantovani.
De forma intensiva, a equipe da UVZ distribui panfletos e informativos nas Unidades Básicas de Saúde, hospital e comércios locais, com orientações sobre cuidados, sintomas e tratamento aos munícipes. Além disso, faz vistorias em áreas de lagoa, lagos e rios, onde são coletados dados para pesquisas acarológicas, como forma de dispor dados sobre alguma doença ou parasitas, que podem trazer riscos à saúde.
Números de caso
O boletim da Unidade de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Itupeva informa que até o momento foram constatados 6 casos suspeitos de febre maculosa em análise em Itupeva, dos quais 4 são mulheres e 2 são homens.
Dos casos suspeitos, dois (um casal) estiveram na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, foco da contaminação principal até o momento. Todos os casos estão sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica.
Sobre a doença
Entre os principais sintomas de Febre Maculosa estão febre, dor de cabeça, dor no corpo, vômito, diarreia, mal-estar e manchas avermelhadas pelo corpo. Os sintomas surgem de 2 a 14 dias após a picada do carrapato-estrela infectado.
É uma doença com grande potencial de evolução para formas graves e no Estado de São Paulo apresenta, em média, letalidade de 60%. Na Região Metropolitana de São Paulo casos da doença ocorrem durante todo o ano, enquanto nos municípios do interior o período de maior incidência se dá entre os meses de maio a setembro, período em que o estágio do carrapato se mostra mais eficiente na transmissão.
Como acontece a infecção?
A capivara serve como amplificador da riquétsia e o carrapato vetor costuma parasitar animais de grande porte, incluindo capivaras e equinos. O homem se infecta ao ser picado, mais frequentemente, por estágio jovens de carrapato que infestam áreas com vegetação.
A bactéria que causa a doença é transmitida pelo carrapato-estrela, encontrado naturalmente em gramados e matas, especialmente nas áreas próximas a rios, lagos e lagoas
Recomendações para proteção individual
- Evitar caminhar, sentar e deitas em áreas com avisos de infestação por carrapatos
- Cobrir o corpo com roupas longas e claras, mantendo a calça dento das meias
- Vistoriar o corpo minuciosamente a cada 2 ou 3 horas em busca de sinais de picada
- Verificar a possível presença da forma imatura do carrapato (micuim)
Por Comunicação Prefeitura de Itupeva